quarta-feira, 23 de abril de 2014

Arte e Arquitetura

A arquitetura islâmica agrupa o conjunto de estilos seculares e religiosos aplicados no desenho e construção de edifícios e estruturas, desde a época de fundação do Islão, até os dias atuais.

Os tipos principais de construções da arquitetura islâmica são: as mesquitas, as tumbas, os palácios e os fortes. De menor importância são os banhos públicos, as fontes, e a arquitetura doméstica.

A coluna, o arco e a cúpula são características marcantes dessa arquitetura, na medida em que as três juntas lhe dão beleza e originalidade.

O escasso ritual do culto islâmico deu lugar a duas tipologias de caráter religioso: a mesquita (masjid), recinto onde a comunidade se reúne para orar, e a madrasa ou escola alcorânica. Na arquitetura civil, destacam-se os palácios, os caravançarais e as cidades, planejadas de acordo com a necessidade de canalizar água e proteger a população contra o calor. Outro edifício importante no Islã é o mausoléu, onde eram sepultados os governantes como símbolo de seu poder terreno.

O estuque, o tijolo e o azulejo eram usados como elementos decorativos nos edifícios islâmicos. Os painéis murais eram adornados com motivos decorativos de laçaria geométrica sobre azulejos. As gelosias de madeira talhada, muitas vezes com incrustações de marfim, também proporcionaram um suporte para a decoração arquitetônica no mundo islâmico.

Artes decorativas

O banimento da temática figurativa, contida nos hadith, é semelhante à iconoclastia desenvolvida durante o período do império bizantino.



A madeira foi trabalhada como material de outras artes aplicadas. Nos palácios fatímidas, ainda há exemplos excepcionais de tábuas com representações cortesãs, que lembram o estilo dos coptas. Também foram talhadas peças de mobília, especialmente os biombos.


As caixas de marfim talhado e os dentes de elefante abundavam na corte fatímída, tradição que continuou na Sicília muçulmana. Neles, eram representados cortesãos, animais e vegetação. Alguns dos objetos de bronze islâmicos mais refinados foram conservados nos tesouros das igrejas européias. No princípio, adotaram as formas sassânidas, mas o período fatímida produziu vasilhas de bronze com forma animal, assim como candieiros e pratos. Entre os objetos mais importantes encontram-se os candieiros, taças e jogos de jarra e bacia para lavar as mãos com incrustações de prata e ouro, inscrições e motivos abstratos e figurativos. 


A mesquita de Solimão, o Magnífico, foi construída em Istambul em 1550. Sinan, o arquiteto, baseou-se nas igrejas bizantinas e, em particular, em Santa Sofia. A cúpula central está cercada por semicúpulas. Os quatro estreitos minaretes com balcões são característicos do estilo arquitetônico das últimas mesquitas islâmicas. 

A pintura de cavalete não existiu na arte islâmica, concentrada na ilustração de livros. As mostras conservadas mais antigas são miniaturas de manuscritos científicos gregos traduzidos do árabe. 

As telas eram consideradas objetos de luxo, e as mais refinadas foram realizadas nas oficinas denominadas tiraz, controladas pelo califa. O sistema de tiraz, comparável às instituições oficiais dos impérios bizantino, copta e sassânida, terminou com a conquista mongólica. Os tecidos procedentes de um tiraz (que tinham este mesmo nome e, em geral, serviam como prendas cerimoniais) eram considerados possessões do mais alto valor e, freqüentemente, levavam impressa a marca da oficina, a data de fabricação e o nome do governante.



Nenhum comentário:

Postar um comentário